A Prefeitura de São Paulo anunciou na manhã desta quarta-feira (29) a suspensão por 60 dias das corridas de moto no Autódromo de Interlagos. A decisão foi tomada após o falecimento do piloto Danilo Berto durante o warm up para a terceira etapa do Superbike Brasil, ocorrida no último domingo. Berto, que corria na divisão SuperBike Extreme, foi o quarto competidor a morrer no circuito paulistano em provas deste campeonato em três anos.
A decisão é mais um desdobramento do acidente fatal do último domingo. Ainda na segunda-feira, Honda, Yamaha e Kawasaki, três das montadoras que possuem participação no SuperBike Brasil, anunciaram a suspensão das atividades no campeonato até que melhorias nas condições de segurança dos pilotos fossem tomadas pela organização do torneio. Também nesta manhã, o SuperBike Brasil anunciou, por nota, o adiamento da quarta etapa, marcada para o dia 16 de junho, também em Interlagos.
A morte de Berto foi a segunda em menos de dois meses em Interlagos. Na etapa de abril, Maurício Paludete, conhecido como Linguiça, perdeu a vida ao se chocar contra o muro do S do Senna, após perder os freios de sua moto, situação semelhante ao que ocorreu com Rogério Munuera, morto em 2018. Em 2017, Sérgio dos Santos morreu ao bater na barreira de pneus da curva do Sol. No mesmo ano, João Carlos Sobreira perdeu a vida em um acidente durante etapa do SuperBike Brasil em Goiânia.
Confira a nota da Prefeitura de São Paulo:
“A Prefeitura de São Paulo informa que, por conta do último e lamentável episódio ocorrido no Autódromo de Interlagos, no dia 26 de maio, que resultou na morte do piloto Danilo Berto, decidiu suspender preventivamente, por 60 dias, todos os eventos de motociclismo naquele local. Só serão permitidos eventos de passeio, com velocidade controlada e sem caráter competitivo.
A suspensão será mantida até que os promotores e organizadores dos eventos apresentem novas garantias de segurança, como vistorias em equipamentos e motos, certificação dos pilotos, medidas de resgates e relatório de bafômetro, entre outras exigências.
Após a fatalidade ocorrida anteriormente, no dia 14 de abril, o Autódromo já havia exigido dos organizadores – além das obrigações prévias de segurança, previstas no contrato e no padrão Federação Internacional de Motociclismo (FIM) – um Atestado de Responsabilidade Técnica (ART) assinado por um engenheiro responsável, avaliando a segurança da pista para cada prova.
Vale destacar que o Autódromo de Interlagos já recebeu, nos últimos 10 anos, cerca de 18 mil competidores e participantes dos eventos de motociclismo, num total de 300 etapas realizadas em 761 dias.”
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