A Pirelli admite que a realização de testes de pré-temporada da Fórmula 1 no Bahrein seria uma boa ideia. A realização das atividades no circuito de Sakhir, como acontecia anos atrás, voltou a ser considerada após os problemas ocorridos com o clima em Barcelona nos ensaios deste ano.

LEIA MAIS:
Fernando Alonso admite ter pensado em deixar a F1
Massa e Barrichello não veem brasileiros na F1 a curto prazo
Pilotos priorizam pneus ultramacios para abertura da F1
McLaren melhora mais de três segundos em pré-temporada

O clima frio prejudicou as equipes, especialmente na primeira semana de atividades. Os pneu não alcançavam a temperatura exata para o funcionamento correto, o que comprometeu os trabalhos ao longo da primeira das duas semanas de testes.

Mário Isola, chefe de motorsports da Pirelli, sabe das dificuldades de logística que existem para que os testes aconteçam no circuito barenita, e para diminuir os custos das equipes sugere a realização de atividades em Sakhir e em Barcelona.

“No Bahrein, sabemos que teremos condições climáticas que são mais consistentes. Sabemos que, se formos ao Bahrein, é muito difícil encontrarmos chuva ou uma temperatura que não esteja na casa de 25-30ºC. Nesse sentido, o Bahrein é mais representativo para os testes de pneus”, disse Isola, em entrevista ao site Crash.com.

O dirigente, porém, admite que o traçado espanhol é melhor para a realização dos testes em relação a Sakhir. Isola cita a falta de curvas de alta velocidade da pista barenita como um ponto fraco para a realização dos testes lá.

“Barcelona é mais completo. O traçado é mais completo. Bahrein trata-se de freadas e tração. Não há muitas curvas de alta velocidade, sendo que, em Barcelona, você tem um pouco de tudo. Então há prós e contras se formos ao Bahrein ou a Barcelona. É por isso que houve algumas conversas sobre isso”, disse Isola.

“Faz sentido ter quatro dias no Bahrein e quatro em Barcelona. Preferencialmente na ordem inversa, porque você voa nessa direção, então precisa ir primeiro a Barcelona. Se você fizer ambos, você reduz os contras e aumenta os prós. É preciso considerar as implicações logísticas, mas é algo factível”, completou.

Foto: