<p><img alt="Dirigente diz que time também precisa olhar ao aspecto financeiro" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/monisha_mini_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Pouco mais de uma semana após o site Motorsport.com cravar que Pascal Wehrlein será o companheiro do sueco Marcus Ericsson na Sauber durante a próxima temporada de Fórmula 1, a chefe da equipe suíça, Monisha Kalterborn, falou. Não propriamente sobre qualquer acerto com o jovem alemão, mas acerca de um tema cada vez mais popular: pilotos que trazem patrocinadores aos times na categoria.</p>
<p>“Nós (da Sauber) demos chances a talentos, inclusive nos anos mais recentes”, garantiu em entrevista ao site GP Update. “O que nós fazemos diferente, comparado ao passado, é também olhar o aspecto financeiro, mas isso não é nada negativo em relação ao talento”.</p>
<p>Para a dirigente austro-indiana, de 45 anos, o fato de um piloto contar com patrocinadores não deve ser encarado como algo negativo. Pelo contrário: trata-se de um indício de que esse possui talento.</p>
<p>“É uma base muito errada pensar que alguém com um apoiador automaticamente não seja talentoso”, disse. “A equação é: esse piloto deve ter talento, porque ele convenceu um apoiador. Se você não é bom, ninguém te dará nenhum tipo de suporte. Nós não estamos falando aqui de pouco dinheiro”.</p>
<p>Nas temporadas 2015 e 2016, a dupla de pilotos, formada por Marcus Ericsson e o brasileiro Felipe Nasr, rendeu um importante aporte ao time de Hinwill. Em conta o orçamento de 110 milhões de euros, segundo relatório divulgado recentemente pela revista inglesa Autosport, nada menos que 32% deste capital veio de apoiadores dos pilotos.</p>
<p>Levado por Nasr, o Banco do Brasil teria investido cerca de 30 milhões de euros (R$ 101,2 milhões) nesses dois anos. Sob a condição de patrocinador master. Já a sueca Tetra Pak, ajudou o compatriota Ericsson a arrematar um posto pela bagatela de 40 milhões de euros de euros (R$ 135 milhões) no período.</p>
<p><img alt="Em dois anos, Nasr e Ericsson levaram mais de R$ 235 mi à Sauber" src="/wp-content/uploads/uploads/nasr-ericsson_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p><strong>Expectativa de melhora para 2017</strong></p>
<p>Kaltenborn mostrou empolgação quanto ao rendimento da Sauber nas pistas para a próxima temporada, que começará em 26 de março, na Austrália. Questionada sobre a possibilidade de o time voltar ao bloco intermediário, a dirigente não titubeou. “Não vemos nenhuma razão para que isso não seja possível”, exaltou.</p>
<p>Um dos motivos da expectativa positiva de Monisha é o fato de que 2017 será a primeira temporada integral do time sob o comando do Longbow Finance, grupo de investimento ligado ao Grupo Tetra Laval, que também é detentora da Tetra Pak – patrocinadora de Ericsson. No segundo semestre do ano passado, o investidor adquiriu o controle total do time (66,7% das ações de Peter Sauber e 33,3% da própria Kaltenborn). Além de quitar algumas pendências, a empresa injetou dinheiro no desenvolvimento do modelo C35.</p>
<p>“A entrada deles marcou o início de uma era totalmente nova à Sauber”, define Monisha. “Você sente que um novo capítulo foi iniciado. Você tem estabilidade, suporte suficiente. Somos capazes de voltar a trabalhar do modo que desejamos, para dar um passo à frente, o que permitiu voltar a se desenvolver”.</p>
<p><img alt="Nasr no GP do Brasil de 2016: nono posto rendeu quase R$ 135 mi ao time" src="/wp-content/uploads/uploads/nasr2_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p>Para 2017, a situação financeira da equipe suíça tende a ser mais estável que a do campeonato passado. Embora não conte mais com o patrocínio do Banco do Brasil, a Sauber possui agora o aporte do Longbow Finance e receberá um bônus de 40 milhões (R$ 134,9 milhões) de euros referente ao décimo posto entre os Construtores, em 2016. Posição obtida graças aos dois pontos pelo nono lugar – ironicamente – de Nasr, em Interlagos.</p>
<p>Além desses fatores, caso Wehrlein seja oficializado como um dos titulares, a Sauber tende a ser beneficiada de duas maneiras. A primeira é financeiramente, por meio de uma quantia – certamente superior a 5 milhões de euros – oriunda da Mercedes, como “gratificação” ao time suíço por manter um de seus pupilos na ativa.</p>
<p>Já a segunda vantagem à Sauber é estreitar as relações com a montadora alemã, tendo em vista o fornecimento de motores para a temporada 2018. </p>
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