<p><img alt="Rosche desenvolveu o motor da Brabham de Piquet, campeão de F1 em 1983" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/paul-roschesite_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>O engenheiro alemão Paul Rosche, de 82 anos, faleceu ontem, em Munique. Ele foi responsável pelo desenvolvimento de motores da BMW entre as décadas de 1950 e 1990, inclusive o M12/13, mais potente propulsor da história da Fórmula 1 e que equipou a Brabham de Nelson Piquet na conquista do bicampeonato, em 1983. </p>
<p>Por meio de um comunicado à imprensa, a BMW Motorsport lamentou o falecimento de Rosche. "Estamos todos muito tristes pela notícia", afirmou o diretor, Jens Marquardt. "A perda de Paul Rosche representa a perda de uma personalidade da BMW Motorsport e da BMW M. Constantemente ele redefinia os limites do que era tecnicamente possível".</p>
<p>Rosche ingressou na montadora em 1957, pouco após garantir sua graduação pela Politécnica de Munique. Na década seguinte, especializou-se em automobilismo e desenvolveu o 2002TIK, motor turbocomprimido que equipou o BMW 2002 de Dieter Quester na conquista do Campeonato Europeu de Carros de Turismo de 1969.<br />
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Em 1979, Rosche assumiu o cargo de diretor técnico da BMW Motorsport – posto que ocuparia até 1996 – e foi peça fundamental para o bem-sucedido retorno da marca à Fórmula 1 como fornecedora de motores, nos anos 80, mais precisamente a partir do Grande Prêmio da África do Sul de 1982, pela equipe Brabham.</p>
<p>Após um ano de adaptação e diversas quebras, o motor BMW M12/13, de 1.500 cm3 e quatro cilindros em linha, assumiu uma condição de destaque na F1 em 1983, quando equipou o Brabham BT52 e BT52B na conquista do bicampeonato por Nelson Piquet. No ano seguinte, Piquet arrematou nove poles em 16 corridas. À época, o propulsor já era capaz de desenvolver 1.100 hp em classificações; dois anos mais tarde, atingia mais de 1.350 hp.</p>
<p>Apesar disso, por conta da escalada de custos na produção dos motores, a BMW deixou a F1 ao final da temporada 1986.</p>
<p>Rosche atuou na BMW até 1999. Além de participar do desenvolvimento do motor E41, que seria adotado pela Williams a partir da temporada seguinte, viu uma de suas criações, o propulsor S70/3, equipar o BMW V12 LMR vencedor das 24 Horas de Le Mans – com Pierluigi Martini, Yannick Dalmas e Joachim Winkelhock. Essa é, até hoje, a única vitória da marca alemã na série principal em Le Mans.</p>
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