Leonardo Marson, da MotorMídia, em São Paulo (SP)
Niki Lauda criticou duramente a FIA por impor a introdução do Halo, dispositivo de proteção do cockpit dos carros de Fórmula 1, para a temporada do ano que vem. De acordo com o tricampeão mundial e dirigente da Mercedes, a atitude tomada pela entidade máxima do automobilismo mundial acaba com as possibilidades de a categoria se tornar mais popular.
“Testamos o Halo, o Aeroscreen da Red Bull e o Shield. Mas nenhuma delas convenceu 100%. Você precisa tomar a decisão correta em uma situação como essa. E o Halo é a decisão errada”, comentou Lauda, em declaração à revista alemã Auto Motor und Sport. O austríaco afirmou ainda que o momento da decisão, que, segundo ele, é um passo atrás, vem em um momento errado.
“Estamos tentando com carros rápidos e ao nos aproximar com os fãs para atrairmos novos torcedores ao esporte. Mas isso é destruído por essa reação exagerada”, queixou-se. O hoje dirigente afirma ainda que a Fórmula 1 é bastante segura, e que seria possível esperar um pouco mais para adotar uma solução.
“O Halo destrói o DNA de um carro de Fórmula 1. A FIA já deixou a Fórmula 1 o mais segura possível. Além disso, o perigo de rodas voando já foi bastante diminuído, porque as rodas são presas de forma mais firme. O risco aos pilotos se tornou mínimo”, disse Lauda.
“Teria sido mais sensível irmos a uma direção em que não destruísse a aparência do carro e que fosse introduzido em 2019. Simples assim. Não há motivos para fazer algo de que vamos nos arrepender mais tarde”, completou o tricampeão do mundo.
Foto: Getty Images
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