Fernando Alonso se sentiu “humilhado” com o mau desempenho da Honda na temporada deste ano da Fórmula 1. A afirmação foi feita por Eric Boullier, chefe da McLaren, equipe que utilizava as unidades de força desenvolvidas pelos japoneses. Após um 2015 desastroso e um 2016 de evolução, o espanhol e a equipe esperavam resultados ainda melhores, mas o que se viu foi uma série de problemas de confiabilidade e falta de potência.
“Como piloto, Alonso se prepara mentalmente durante o inverno. Ele desenha em sua cabeça como a temporada deve ser, e isso o motiva ainda mais, pois ele fixa seus próprios objetivos. Então, em Barcelona, quando ele viu o atraso em termos de motor, foi uma mistura de tristeza, humilhação e frustração”, disse Boullier, em entrevista ao site americano Motorsport.com.
Em momento algum do ano o espanhol escondeu sua decepção com o desempenho das unidades de força da Honda, e admitiu ter socado uma parede após o abandono na primeira volta do Grande Prêmio de Singapura, prova em que tinha possibilidade de anotar pontos com a McLaren, mas que acabou abandonado ao ser coletado pelo acidente envolvendo Sebastian Vettel, Max Verstappen e Kimi Räikkönen.
“Algumas vezes, Alonso precisa demonstrar sua frustração, mas ele segue se comportando como no passado, quando ganhava corridas. Ele fica muito tenso depois de uma corrida. Ele tem essa raiva dentro dele por saber que pode fazer melhor. Sabe que pode ser melhor e precisa demonstrar. Acredito que, se ele ganhar, também esmurrará uma parede”, seguiu Boullier, garantindo que o espanhol estará ainda mais animado em 2018.
“Sempre o comparo com um tubarão. Quando ele consegue sentir o sangue, vai direto. Por isso, se ele sente que pode estar no pódio ou ser competitivo o suficiente para estar lá, ele não vai desistir um centímetro para ninguém. Então, a pressão sobre a equipe estará lá, mas é uma pressão boa”, completou.
Foto: McLaren
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