Chefe da Renault na Fórmula 1, Cyril Abiteboul revelou que o time francês estava quase dez anos atrasado em termos de estrutura em relação as outras equipes. A operação em Enstone foi retomada em 2016, após os franceses recomprarem a fábrica, então pertencente a Lotus, e que fora da própria Renault entre 2001 e 2009.

Para Abitrboul, a falta de investimentos em Enstone pelo Genii Capital, grupo dono da equipe Lotus, provocou toda a defasagem da fábrica. O dirigente, porém, também culpou a própria Renault por não seguir com a modernização do local antes de deixar a F1 como equipe em 2009.

“Havia uma clara falta de investimento sob as administrações anteriores. Mas também, no fim da administração da Renault no ciclo anterior, nós realmente perdemos oportunidades de modernizar este lugar”, disse o chefe da Renault, em declaração ao site americano Motorsport.com.

“Se você voltar ao período de 2007/2008/2009, estava longe de ser ótimo. Foi o começo da falta de investimento em Enstone. Então, quase que tivemos que correr atrás desde 2007/2008, então isso é quase 10 anos, tempo em que a F1 mudou completamente”, seguiu o dirigente, que afirma ainda não estar mais longe das rivais em termos de recursos.

“Temos um grande trabalho a cumprir, e, até onde posso ver, estamos alinhados com isso. A infraestrutura está melhorando, as pessoas estão chegando, o lado comercial também – sei que não é algo superempolgante, mas também é importante poder financiar isso”, comentou.

“Tivemos uma campanha de sucesso na aquisição de novos parceiros, e eles acreditam no projeto. Eles podem ver a melhora não só na fábrica, mas também na pista”, completou Abiteboul.

Foto: Renault