Marcus Ericsson venceu as 500 Milhas de Indianapolis 2022, em uma prova imprevisível após uma bandeira vermelha na parte final da corrida, conquistando sua primeira vitória na tradicional. Ericsson, natural de Kumla, Suécia, venceu pilotando o carro número 8 da Huski Chocolate Chip Ganassi Racing Honda, depois que Sage Karam bateu na Curva 2 na última volta. Antes do incidente que terminou a corrida, Ericsson e Pato O’Ward travaram em um duelo fantástico pela liderança, depois do reinício da prova a duas voltas do final devido a uma bandeira vermelha, “ziguezagueando” ao redor do oval de 2,5 milhas em um dos finais mais impressionantes da corrida.

“Eu sabia que o nosso carro era rápido o suficiente, mas ainda é difícil de acreditar”, disse Ericsson. “Eu tive que fazer de tudo na parte final para manter O’Ward para trás. Eu não posso acreditar. Eu estou muito feliz”, disse Ericssson após a corrida.

O ex-piloto de Fórmula 1 tornou-se o segundo sueco a triunfar na Indy 500, juntando-se ao vencedor de 1999, Kenny Brack. Ericsson e Brack se falaram por videoconferência após a corrida, durante a coletiva de imprensa do vencedor. O melhor resultado de Ericsson em três participações na Indy 500 tinha sido o 11º no ano passado. E esta foi a primeira vitória nas 500 Milhas para o dono da equipe, Chip Ganassi, desde 2012 – sua conquista quinta como proprietário solo e sexta na geral.

Comentando sobre a prova, Ericsson disse: “Eu não podia acreditar quando teve a bandeira vermelha faltando poucas voltas. Você nunca pode tomar nada como garantido, e obviamente ainda havia o final da corrida pela frente. Mas eu sabia que o carro meu era incrível e tudo funcionou no final”, finalizou Ericsson.

Confira algumas curiosidades sobre a corrida Indy 500 2022, vencida por Marcus Ericsson

• Esta é a primeira vitória de Marcus Ericsson nas 500 Milhas de Indianápolis, em sua quarta participação. Seus resultados anteriores foram 23º em 2019 com a Arrow Schmidt Peterson Motorsports, 32º em 2020 e 11º em 2021, ambos com Chip Ganassi Racing.
• Marcus Ericsson tornou-se o segundo sueco a vencer as 500 Milhas de Indianápolis. Kenny Brack foi o primeiro, conduzindo à vitória em 1999 pela AJ Foyt Racing. Tanto Ericsson quanto Brack conquistaram suas vitórias em suas respectivas terceiras participações na corrida.
• Esta é a quinta vitória nas 500 Milhas de Indianápolis da equipe Chip Ganassi Racing. Suas vitórias anteriores vieram em 2000 com Juan Pablo Montoya, 2008 com Scott Dixon e 2010 e 2012 com Dario Franchitti. O dono da equipe, Chip Ganassi, também venceu como parceiro de Pat Patrick na vitória de 1989, quando Emerson Fittipaldi venceu a Indy 500.
• Marcus Ericsson se tornou o oitavo vencedor das 500 Milhas de Indianápolis a largar da quinta posição. Buddy Lazier foi o último vencedor partindo da quinta colocação, em 1996.
• Marcus Ericsson tem 31 anos. O último piloto de 31 anos a vencer as 500 Milhas de Indianápolis foi Al Unser, em 1970, quando também conquistou sua primeira vitória na Indy 500.
• Marcus Ericsson levou o carro nº 8 à vitória, o quarto vencedor da Indy 500 com esse número. O último piloto a vencer com o 8 foi Pat Flaherty em 1956. Outros vencedores com 8 foram: Joe Dawson em 1912 e Louis Meyer em 1936.
• Marcus Ericsson liderou a corrida por 13 voltas, o menor número de voltas lideradas por um vencedor desde que Juan Pablo Montoya liderou nove voltas em 2015.

• Esta é a 14ª vez que o vencedor das 500 Milhas de Indianápolis registra a volta mais rápida da corrida desde que as marcas começaram a ser computadas, em 1951. A volta mais rápida de Marcus Ericsson em 2022 foi de 224,852 mph, na volta 179.
• Houve 38 mudanças de liderança entre nove pilotos na Indy 500 2022. Esse é o terceiro maior total de mudanças de líderes na história da prova, ficando atrás apenas por 68 em 2013 e 54 em 2016.
• Scott Dixon liderou 95 voltas hoje, somando e estabelecendo o recorde de todos os tempos de voltas lideradas nas 500 Milhas, com 665 passagens na ponta. O recorde anterior era de 644 voltas lideradas, que pertencia ao quatro vezes vencedor Al Unser.
• Scott Dixon liderou o maior número de voltas nas 500 Milhas de Indianápolis pela sexta vez em sua carreira, ampliando seu recorde. Ele também liderou o maior número de voltas na prova também em 2008, 2009, 2011, 2015 e 2020.
• Havia 27 carros correndo no final, empatando no segundo maior total da história da Indy 500. O recorde é 30 carros finalizando a corrida, em 2021. Também havia 27 carros correndo no final da corrida encurtada pela chuva de 1976, que teve apenas 102 voltas completadas.

• Vinte e dois carros estavam na volta do líder no final, empatando o recorde do evento estabelecido em 2021.
• Todos os cinco pilotos da Chip Ganassi Racing – Scott Dixon, Alex Palou, Marcus Ericsson, Tony Kanaan e Jimmie Johnson – lideraram pelo menos uma volta hoje, empatando um recorde do evento estabelecido pela Andretti Autosport em 2013.
• Chip Ganassi Racing e Arrow McLaren SP ocuparam as quatro primeiras posições hoje – Ganassi (Marcus Ericsson em primeiro, Tony Kanaan em terceiro) e AMSP (Pato O’Ward em segundo, Felix Rosenqvist em quarto). A última vez que duas equipes conquistaram os quatro primeiros lugares foi em 2015, quando o Team Penske foi 1-2 com Juan Pablo Montoya e Will Power e Chip Ganassi Racing terminaram em terceiro e quarto com Charlie Kimball e Scott Dixon, respectivamente.
• A bandeira vermelha de hoje na volta 196 foi a 12ª na história das 500 Milhas de Indianápolis. As 11 ocasiões anteriores: 1964, 1966, 1967 (após o vencedor levar a bandeira quadriculada); 1970, 1973 (duas ocorrências), 1982, 1986, 2014, 2017, 2019.
• Esta foi a 15ª vitória nas 500 Milhas de Indianápolis para um carro com motor Honda, o segundo de todos os tempos. Os motores Offenhauser conquistaram 27 vitórias.

Texto Base e Dados: IMS / divulgação

Fotos: IMS / divulgação