Perder a vantagem de largar na pole position não fez diferença para Leandro Totti, Léo Yoshi, José Vilela e Guga Ghizo. O protótipo MRX largou dos boxes e venceu neste domingo (22/11) a edição deste ano dos 500 Km de Interlagos 2020, mais importante corrida de longa duração do país. Em apenas quatro voltas, o quarteto já estava entre os seis primeiros, protagonizou ótima disputa com o Cobalt Stock V8 de Ney e Neyzinho Faustini (líder desde a largada) e, depois, tomou a dianteira de forma definitiva, garantindo a vitória.
“Só tenho que agradecer ao (Leandro Totti) e a equipe. É uma emoção muito grande vencer essa corrida, que existe desde 1950”, disse Vilela, responsável por cruzar a linha de chegada. “É muito bacana vencer uma prova tão tradicional, em um autódromo icônico. Agradeço muito a equipe, pois sei o trabalho que foi”, comentou Yoshi.
“Nós começamos a travar o pneu dianteiro no final da corrida, então só pudemos comemorar quando o Vilela cruzou a linha de chegada. Mas a vantagem que abrimos durante a corrida nos tranquilizou”, explicou Ghizo. “Depois do warm up, a gente sabia que tinha um carro confiável. Mas tivemos o problema de embreagem antes da largada. Mas os meninos fizeram a parte deles e foi bom. Ganhar os 500 Km de Interlagos ficará marcado na história”, completou Totti.
A segunda posição acabou nas mãos do Spyder conduzido por Alexandre Zaninotto, Ciro Paciello e Leandro Guerra, que completaram a prova uma volta atrás dos vencedores.
Júnior Victorette e Rafael Iserhard, com um Audi, terminaram em terceiro e venceram na classe Turismo Força Livre (TFL).
Eduardo Pimenta e Luís Cesar Oliveira, com um Spyder, completaram em quarto, triunfando na classe P3, sendo seguidos por Maurício Airas e Rafael Kasai, que triunfaram na classe Turismo 2.0 com um Chevrolet Corsa muito bem preparado.
Sétimos colocados gerais, Leandro Pedro, Fábio Coelho e Ton Wagner Costa venceram na Turismo 1.6 com um Passat.
Outros favoritos ficaram pelo caminho. Entre eles, os vencedores dos 500 Km de Interlagos de 2019, Sérgio Pistilli e Deninho Casarini, eliminados da prova ainda no início da corrida devido a um problema no motor do Spyder.
O Cobalt Stock V8, que corria estabilizado em segundo lugar depois da disputa com o protótipo vencedor, ficou parado na pista devido à quebra dos parafusos da roda traseira direita. O carro foi levado de volta aos boxes em um caminhão plataforma, foi consertado e voltou para a pista, mas perdeu quase meia hora nesse processo. Os Faustini passaram a andar em ritmo de classificação, dando um bom espetáculo para tentar pelo menos um troféu na categoria, mas depois pararam definitivamente.
Outra atração da prova, o Gol pilotado por Lu Klai (única mulher inscrita), Marcelo Dias, Pedro Alexandre e Maurício Gonçalves, estava em terceiro lugar na categoria Turismo 1.6 quando sofreu um acidente na Descida do Lago.
Silvio Zambello, presidente do Automóvel Clube Paulista, organizador dos 500 Km de Interlagos, ficou satisfeito com a prova: “Foi um ano difícil por motivos que todos conhecemos. Mas decidimos encarar o desafio de fazer mais uma edição e tive o apoio do Grupo Servidone, da Pit Stop, da Plansaúde e da Yokohama. Valeu a pena: tivemos um grid expressivo e uma prova muito disputada”, comentou o dirigente.
Confira o resultado final dos 500 Km de Interlagos:
1º – (73) José Vilela, Guga Ghizo, Leandro Totti e Leo Yoshi (MRX) – 116 voltas em 3h51min27s169
2º – (31) Alexandre Zaninotto, Ciro Paciello e Leandro Guerra (Spyder) – a 1 volta
3º – (141) Júnior Victorette e Rafael Iserhard (Audi) – a 4 voltas
4º – (110) Eduardo Pimenta e Luís Cesar Oliveira (Spyder) – a 6 voltas
5º – (78) Ricardo Furquim e José Tinoco (Spyder) – a 14 voltas
6º – (17) Maurício Airas e Rafael Kasai (Corsa) – a 15 voltas
7º – (98) Leandro Pedro, Fábio Coelho e Ton Wagner Costa (Passat) – a 17 voltas
8º – (92) Marcelo Camacho e Lamartine Pinotti (Spyder) – a 17 voltas
9º – (216) George, Parente e Ricardo Campanela (Corsa) – a 19 voltas
10º – (111) Luiz Henrique, Rafael Andrade e Maurício Marchione (Gol) – a 21 voltas
11º – (18) Estevão Alex e Humberto Guerra (Spyder) – a 24 voltas
12º – (43) Anderson Scovoli, Eber Gomes e Carlos Auricchio (Corsa) – a 27 voltas
13º – (72) Carlos Antunes, Yuri Antunes e Marcelo Campagnolo (MRX) – a 30 voltas
14º – (8) William Chahine, Juliano Meira, Marcelo Kairis e Leandro Kairis (Voyage) – a 30 voltas
15º – (971) Thiago Regis, Tadeu Jayme e Ricardo Cimatti (Sandero) – a 32 voltas
16º – (80) Luciano Borghesi e Beto Borghesi (MRX) – a 32 voltas
17º – (183) Victor Correa e Victor Correa Filho (Passat) – a 33 voltas
18º – (51) Rodrigo Pereira e Renan Casseta (Linea) – a 36 voltas
19º – (84) Lu Klai, Marcelo Dias, Pedro Alexandre e Maurício Gonçalves (Gol) – a 38 voltas
20º – (89) Matheus Coppa, Ricardo Abud e Gustavo Coppa (Passat) – a 38 voltas
21º – (22) Erick Grosso e Nelson Silva Jr. (Alfa Romeo) – a 39 voltas
22º – (173) Marcelo Servidone, Marcelo Fortes e Luís Finotti (Escort) – a 44 voltas
23º – (25) Ney Faustini e Neyzinho Faustini (Cobalt Stock V8) – a 53 voltas
24º – (10) Roberto Dal Pont e Luiz Abbade (Spyder) – a 65 voltas
25º – (1) Deninho Casarini e Sérgio Pistilli (Spyder) – a 71 voltas
Desclassificado
(222) Carlos Vallone, Gabriel Vallone e Ricardo Kraft (Gol)
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