
Onde ele entrava, parecia que o bom humor, a alegria, a bondade entravam junto. Ajudava todo mundo, dava atenção para todos e adorava fotografar. A foto desta coluna, assinada por ele, foi feita na noite de 15 de novembro, de 1994 no Bourbon Street (a melhor casa de blues/jazz de São Paulo, na minha opinião) logo após o show Michael Hill and The Blues Mobi.

E não tenho só essa foto dele, assim como muita gente do setor automobilístico tem, porque ele adorava fotografar e ajudar as pessoas. Vez por outra ele ia até à General Motors nos visitar e levar fotos que nem imaginávamos que ele as havia “clicado”.
Pois o Chaba Soos nos deixou levando consigo o seu bom humor e a sua generosidade de que muitos se lembram, como Paulão Gomes, um dos principais pilotos da história da Stock Car.
– Ele andava sempre com uma pasta 007, cheia de adesivos e ajudava a todos nós, pilotos, a conseguir bilhetes aéreos (por bons preços) para nossas idas e vindas pelo Brasil. Era uma figura pecualiar”.
– Chaba era apaixonado pelo automobilismo – conta Fernando Campos, jornalista veterano do setor automobilístico e fazia de tudo para estar nos autódromos, ajudando os pilotos da melhor maneira que conseguia. Ajudou-me muito e a muitos de meus colegas. Recentemente fui visitá-lo, em Silvânia, pouco tempo antes de ele nos deixar. Foi como uma despedida.
Parceiro do Rei
Quem conta uma bela história sobre o Chaba é o publicitário Décio Bittencourt, veterano no setor automobilístico. Segundo ele, Chaba frequentava uma turma, cujo ponto de encontro era defronte à ”Chapa”, uma hamburgueria na esquina das ruas Lins de Vasconcelos e Heitor Peixoto, no Cambuci. Eram da Escuderia Araçá, que tinha pilotos de carros e kart, além de um dos proprietários da Wi-Fi Discos, na Rua Augusta.

Mas a grande história do Chaba é que ele era “chegado” de Roberto Carlos, e participava das caravanas do Rei da Jovem Guarda nas suas viagens para shows pelo Interior. O RC7 conjunto de Roberto Carlos, não usava avião, mas sim vans. E o Chaba era quem levava o Rei por ai, em uma Chevrolet Brasil, que tinha partida no pé e frente feita pela Brasinca, empresa de Sandi Moura – lembra Décio. Chaba nunca esquecia os amigos, inclusive do Décio, para os quais sempre que podia, arrumava ingressos para eles assistirem o programa Jovem Guarda, no teatro Record, então na rua da Consolação.
Em uma sábado à noite, quando a ”Chapa” já havia fechado, e a turma estava ali conversando na calçada (como se fazia antigamente, sem riscos) quando encostou uma van com o Chaba ao volante e Roberto Carlos ao seu lado, Haviam chegado de São Vicente, onde o Rei e o RC7 haviam participado de um show no Ilha Porchat Clube, à época um dos lugares mais badalados da Baixada Santista.
Com o tempo foi trabalhar na Maringá Turismo e entrou para o ramo do automobilismo, fazendo reservas nos vôos e hotéis para a turma da velocidade e jornalistas.
Na semana passada, Chaba nos deixou.
Deixe seu Comentário