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Coluna Chico Lelis: meu primeiro quatro rodas

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  • Publicado: 03/01/2025
  • Atualizado: 03/01/2025 às 9:59
  • Por: Chico Lelis

Não lembro de ter andando de velocípede (como o do meu irmão Luiz Antônio, o Lub) na foto, mas nunca me esquecerei da minha Sieger, um bicicleta (hoje chamam de bike, não é?) que ganhei de Papai Noel lá em Ponte Nova (MG), quando morei na usina Santa Helena, do “falecido” IAA (Instituto do Açúcar e do Álcool) – “primo” do também “falecido” IBC (Instituto Brasileiro do Café) – onde meus pais trabalhavam.

Eu e meu irmão, cada um curtindo os seus veículos – Foto arquivo pessoal

Era uma delícia andar na minha Sieger (com peças da alemã Göricke Werke) naquela via que chamávamos de rasa, onde estavam as sete casas do funcionários administrativos da usina, onde aprendi a adorar a garapa (hoje chamam de caldo de cana) e melancia, que comíamos no final da tarde, na beira do rio, onde as deixávamos em sacos para comer “geladinhas” e cuspir as sementes que atraia os peixe e dai….. a gente os pescava para o jantar.

Minha segunda duas rodas foi uma Caloi, que usava para entregar correspondência do “falecido” Banco Colonial de São Paulo (hoje virou Itaú), um banco santista, como muitos outros que existiam na minha amada Santos.

Nunca andei de motocicleta, pois a minha primeira experiência gerou uma cicatriz de quase 10 centímetros na parte interna do calcanhar, pois, ao dar a partida, o pedal voltou, fez a cicatriz, que demorou muito para cicatrizar (fiquei ouvindo, por muito tempo, minha amada mãe Olinda dando bronca e me proibindo de subir em qualquer moto).

Vermelho

O primeiro “quatro rodas”, um Chevette, veio em 1973, quando eu já era repórter de “A Tribuna”, onde comecei em 1969, substituindo meu querido amigo/irmão Carlos Monforte, na sucursal do jornal, em São Vicente, a Célula Mater na Nacionalidade. Depois fui para a redação,  em Santos para trabalhar na “Geral”. Quando passei para a economia, tendo como editor o inesquecível José Rodrigues (que já nos deixou) publiquei uma notícia com o título “O Boieng da GM”, que falava da importação de caixa de câmbio para o Chevette, pois o fabricante local não estava dando conta da demanda. O Chevette vendeu mais de 1.500.00 de unidades, desde 1973 até 1994 quando terminou sua produção.

Era lindo, vermelho, que foi lançado aqui no Brasil, no mesmo ano do seu lançamento na Europa. Lá recebeu o nome de Opel Kadett, na Austrália era Holden Gemini, Nos EUA, Pontiac T 1000 (Pronuncia-se Pôniac), no Japão, Isuzu Gemini e na Argentina GMC Chevette e Vauxhall Chevette na Inglaterra, entre outros.

O Chevette vendeu mais de 1.500.00 de unidades, desde 1973 até 1994 quando terminou sua produção – Foto Revista Carro

Aqui, tivemos derivados do Chevette, como a SW Marajó, a picape Chevy 500, o modelo quatro portas, um Hatch SR e também o Júnior, com motor 1.0. Os demais usavam motores 1.4 ou 1.6.

Usei Chevette por alguns anos e cometi uma enorme heresia. Influenciado por um amigo, mandei colocar alargador de rodas e “tala larga”, para sair por aí me exibindo. Erro que jamais repeti ou repetirei, mas usei muito na descida de serra de Campos do Jordão e da Via Anchieta, pisando forte com o pé direito.

Nunca sofri um acidente, mas a história do Chevette acabou quando um ônibus do SMTC (Serviço Municipal de Transporte Coletivo – em São Paulo era CMTC) bateu na traseira, em um sinal fechado. O conserto nunca trouxe de volta o meu vermelhinho e de desfiz dele, com tristeza.

 

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