Primeiro piloto profissional da história do automobilismo brasileiro, Bird Clemente morreu na manhã desta segunda-feira (2). O ex-piloto, que foi considerado um dos 50 melhores pilotos da história sem passar pela Fórmula 1 pela revista inglesa Autosport, tinha 85 anos e teve o falecimento anunciado pela assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

O piloto, que tinha esse nome em uma homenagem ao almirante da marinha americana Richard Byrd, tinha no pai, Francisco Clemente, um admirador de corridas de carros e fã do argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão mundial de Fórmula 1.

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Bird nasceu no dia 23 de dezembro de 1937 e iniciou sua trajetória no esporte a motor aos 18 anos, quando, por influência de Tito Lívio, irmão de Eugênio Martins, piloto de corridas, passou a frequentar a oficina de Cláudio Daniel Rodrigues.

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Clemente estreou em corridas nas 1000 Milhas Brasileiras em 1957, quando foi parceiro de João Batista Carneiro e Luiz Pereira Bueno. O Fiat Milecento do trio, porém, quebrou no início da prova, e Bird só pôde pilotá-lo durante os treinos para a corrida.

O piloto viria a se tornar um dos mais importantes nomes do esporte no País, sendo conhecido por um estilo de pilotagem em que derrapava as rodas nas curvas. Bird Clemente competiu com Vemag e Simca, até ser contratado pela Willys, se tornando o primeiro piloto profissional do Brasil.

Ao lado do irmão, Nilson, Bird Clemente acumulou vitórias em corridas importantes do automobilismo nacional, como as 24 Horas de Interlagos, em 1970, e as Mil Milhas de 1973, mesmo ano em que venceu os 500 Km de Interlagos e as 25 Horas de Interlagos. O piloto se aposentou, mas publicou o livro “Entre Ases e Reis de Interlagos”, em 2008.

Bird Clemente deixa a esposa, Maria Luíza, e quatro filhos. O velório ocorre no Cemitério Morumby, e o sepultamento está marcado para 17h desta segunda-feira.