A temporada 2023 do Mundial de Endurance da FIA, o WEC, começa em 17 de março. Porém, uma semana antes – nos dias 11 e 12 – o principal campeonato realiza uma bateria de testes oficiais exatamente no mesmo palco de sua etapa de abertura, a pista de Sebring, nos Estados Unidos. O traçado da Flórida também foi o local da vitória que levou o brasileiro André Negrão, da Alpine, a liderar a classificação geral de 2022 até a última etapa do Mundial, tornando-se vice-campeão na prova de encerramento.
O prólogo, como é chamada essa sessão oficial de testes livres, marcará ainda o retorno de André Negrão à categoria LMP2, na qual foi campeão mundial no torneio de 2018-2019. Foi na LMP2 que André venceu duas vezes as 24 Horas de Le Mans – nas temporadas de 2018 e 2019.
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“Nosso último teste foi em Portugal, ainda no começo de fevereiro, por isso essa aclimatação será importantíssima antes da primeira etapa”, disse Negrão. “Depois de nosso treino em Portugal, os carros embarcaram para os Estados Unidos de navio e vamos vê-los novamente apenas na pista, em Sebring. Obviamente comecei minha readaptação ao LMP2, um carro que tem menos eficiência aerodinâmica e pneus que possuem menos aderência que os da categoria Hypercar, que utilizei até o ano passado”, lembra ele, que foi vice-campeão da Hypercar em 2022.
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“A gente quer dar continuidade à base do trabalho que já foi iniciada. O Memo é um piloto muito experiente de Endurance. Já o Olli vem de categorias tipo Fórmula e provavelmente vai demorar um pouco para entender o nosso mundo. Mas minha primeira impressão dele foi muito boa, acho que ele tende a se adaptar facilmente”, completou.
Sobre seu novo carro, André se sente confiante. “Em linhas gerais, o A470 é muito semelhante ao modelo que a Alpine usava anteriormente, com chassi Oreca e motor Gibson”, avalia o brasileiro. “Na verdade, ele agora ficou até um pouco mais lento em função de algumas mudanças aerodinâmicas e de motor. Mas isso é efeito do BoP (balance of performance, ou equilíbrio de desempenho em tradução livre) promovido pela FIA. Essas modificações foram feitas por que a ideia é que não sejamos mais rápidos que os Hypercars”, explica.
Para André, o grande desafio da Alpine será traduzir em velocidade o comportamento dos novos pneus Goodyear. “No meu entender o foco de todo mundo será entender os pneus”, prevê. “Eu, por exemplo, nunca andei com esses compostos da Goodyear. A primeira vez foi nos testes em Portugal, mas foi muito pouco ainda. Precisamos de muito mais quilometragem. E estes pneus são bem diferentes dos Michelin com os quais me acostumei em 2021 e 2022. Teremos muito trabalho com isso”, conclui o bicampeão de Le Mans.
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