As contratações no mundo do automobilismo costumam seguir um padrão: o anúncio é feito pela equipe, o piloto anuncia que está feliz nas redes sociais e, dependendo da categoria, sempre há um post com a legenda “breaking news” informando sobre o novo contrato. Mas esse padrão foi quebrado em 2022.
Tudo começou na Indy, com o anúncio de que Alex Palou faria mais uma temporada com a Chip Ganassi, equipe pela qual foi campeão em 2021. Não deu nem tempo de digerir a notícia: um sincero Palou foi às redes e confirmou que não havia renovado nada.
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A cereja do bolo veio logo depois, quando a McLaren confirmou Palou como integrante da equipe, mas sem definir em qual categoria. E assim começaram os rumores não só de que Palou poderia ir para a Fórmula 1, mas também de que Daniel Ricciardo estava de saída. O resultado desse primeiro acontecimento: um processo na justiça e Palou confirmado na Ganassi, mas também como piloto de teste da McLaren.
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Tudo parecia calmo até 28 de julho, quando Sebastian Vettel anunciou sua aposentadoria. Foi então que um efeito dominó teve início na F1: inesperadamente, Fernando Alonso anunciou que estava deixando a Alpine e assumiria a vaga de Vettel na Aston Martin.
E quem substituiria Alonso? A Alpine foi rápida em responder essa questão. Oscar Piastri, piloto da academia e campeão da Fórmula 2 em 2021. Porém, após o anúncio, Piastri não apareceu nas redes sociais como de costume. Horas depois veio a notícia: Piastri nem estava sabendo que seria piloto da Alpine.
E a situação se repetiu: a Alpine foi resolver nos meios legais, enquanto os principais rumores diziam que Piastri estava negociando com a McLaren para o lugar de Daniel Ricciardo. Em meio a tantos rumores, Ricciardo foi às redes e declarou que não estava deixando a equipe.
Novamente, alguém esqueceu de avisar o piloto: em 24 de agosto, a McLaren anunciou que não continuaria o contrato com o australiano. E, após uma longa espera e decisão do Conselho de Contratos da FIA, Oscar Piastri foi finalmente anunciado para ser companheiro de Lando Norris.
Algum tempo depois, a Alpine anunciaria Pierre Gasly para o lugar de Alonso e a AlphaTauri confirmaria Nyck De Vries, mas não sem antes enfrentar uma briga com a FIA para contratar Colton Herta, jovem estrela da Indy.
Estava tudo certo para Herta trocar os Estados Unidos pela Europa quando a FIA levantou uma bandeira vermelha: Herta não tinha os pontos necessários para a superlicença. Os representantes da AlphaTauri até tentaram e tiveram apoio de outras equipes, mas a Federação negou complementar os pontos. Assim, De Vries foi a opção.
Por fim, uma situação parecida, igualmente tensa, mas mais fácil de resolver foi a de Logan Sargeant. O jovem foi “colocado na parede” pela Williams, que afirmou que contrataria o estadunidense se ele conseguisse os pontos da superlicença que faltavam para competir na F1.
Sargeant passou a participar de treinos livres, incluindo um no Brasil, para garantir a pontuação. Porém, chegou na última etapa da Fórmula 2, em Abu Dhabi, ainda precisando terminar o campeonato no top-6 para obter a pontuação necessária. Apesar da pressão, deu certo. Sargeant garantiu sua vaga na Williams em 2023.
Com o grid já confirmado, a Fórmula 1 segue com movimentações nas equipes e as preparações para o lançamento dos carros da temporada 2023.
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