Fernando Alonso não conseguiu se classificar para as 500 Milhas de Indianápolis. O piloto, que buscava se classificar para a prova e disputá-la pela segunda vez na carreira, mirando completar a Tríplice Coroa do automobilismo, foi apenas o quarto mais rápido entre os seis pilotos que disputaram o Bump Day, que aconteceu após um atraso de cinco horas por conta da chuva neste domingo (19). A sessão definiu as últimas três vagas no grid de largada para a corrida do próximo dia 26 de maio, e deixou o bicampeão mundial de Fórmula 1 sem um lugar no grid prova americana.

Terceiro piloto a partir para a sequência de quatro voltas rápidas, Alonso anotou uma média de 227.353 milhas horárias com o carro da McLaren, ficando inicialmente com o segundo posto, atrás de James Hinchcliffe, da Schmidt Peterson, e à frente de Max Chilton, da Carlin – equipe que deu suporte à McLaren. Porém, Sage Karam, da Dreyer & Reinbold, fez a melhor média, com 227.740 milhas por hora, jogando o espanhol para a bolha.

Alonso ainda viu Pato O’Ward, mexicano recém-contratado para a academia de pilotos da Red Bull na Fórmula 1, falhar em sua tentativa com outro carro da Carlin. A eliminação aconteceu apenas no último piloto a visitar a pista, o americano Kyle Kaiser. O piloto da Juncos Racing – equipe que não tem orçamento para toda a temporada da Indy e que perdeu os patrocínios às vésperas do início dos treinos para a Indy 500, marcou 227.372 de média, causando a eliminação do espanhol.

Durante a semana de treinos livres, o bicampeão mundial de Fórmula 1 não esteve em momento nenhum entre os 20 mais rápidos, mas sempre se colocou no grupo dos 33 melhores. Um acidente na quarta-feira o tirou das atividades também da quinta-feira, retornando apenas na Fast Friday. No sábado, Alonso tentou se colocar entre os 30 melhores em cinco oportunidades, mas sempre foi superado por algum rival. A eliminação se deu neste domingo.

A única cartada que Alonso pode dar para correr a prova no próximo domingo é comprar o lugar de um dos pilotos que se classificaram. Segundo as tradições das 500 Milhas de Indianápolis, é o carro quem garante a vaga no grid, e não o piloto, o que possibilita que o condutor seja substituído. A Schmidt Peterson cogitou usar deste expediente em 2018 com James Hinchcliffe, mas nenhuma equipe aceitou ceder o lugar do piloto que se classificou com o veículo para que o canadense corresse.