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Fasp envia petição ao MP contra privatização de Interlagos

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  • Publicado: 31/01/2018
  • Atualizado: 31/01/2018 às 11:06
  • Por: Leonardo Marson
Prefeitura planeja concluir projeto de privatização até o fim do primeiro semestre deste ano. (Foto: Renault)

A Federação de Automobilismo de São Paulo (FASP) protocolou no último dia 24 de janeiro junto ao Ministério Público Estadual uma petição questionando o projeto de lei 01-00705/2017n que trata do processo de privatização do Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP). A venda do complexo onde está localizada a praça esportiva foi uma das promessas de campanha do atual prefeito paulistano João Doria (PSDB).

“Nós entendemos que as propostas apresentadas pelo prefeito João Doria carecem de fundamento básico: sua promessa de privatizar Interlagos
e garantir a continuidade do uso para o qual o circuito foi construído não encontra respaldo legal. Uma vez tornado propriedade particular não há lei que garanta isso”, diz Sérgio Berti, coordenador do movimento “Interlagos Hoje”.

A petição entregue ao MPE destaca o autódromo como uma importante área de lazer na zona sul paulistana, possibilitando à população daquela área a prática de esportes e de atividades variadas. Também é citada a antiga escola de mecânica, que formou mais de três mil alunos enquanto esteve em funcionamento. Berti ressalta ainda o balanço financeiro do local, que desmente, segundo ele, a afirmação de que o autódromo é deficitário para a prefeitura.

“É preciso deixar claro que o balanço financeiro no período de nove meses
do ano que o autódromo é ocupado pelo automobilismo nacional e por shows
de música é bastante positivo e gera lucro para a prefeitura. Os gastos referentes à preparação da pista para a prova de F-1, porém, não geram receita financeira que cubram as reformas realizadas especificamente para esse evento”, completou.

Durante o mês de novembro, em evento realizado no Autódromo, Doria disse que o processo de privatização seria concluído até abril deste ano. Depois, no dia do GP do Brasil de Fórmula 1, em final de semana marcado por casos de violência contra membros de equipes e da FIA, o prefeito reafirmou que a solução para este problema passaria pela privatização, mas esticou o prazo de término do processo para o final do primeiro semestre de 2018.

Foto: Renault

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