*Com colaboração de Rodrigo Nascimento

Nelsinho Piquet foi anunciado pela Full Time como mais novo piloto da equipe na Stock Car. O piloto, que já vinha sendo cotado para pilotar um dos carros do time de Maurício Ferreira, marcou presença no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), local que recebe a etapa de encerramento do campeonato deste ano, na manhã desta sexta-feira (8).

Questionado sobre os motivos que o fizeram migrar para a categoria nacional, Piquet disse que busca aprender, mesmo com uma carreira que já dura mais de 20 anos. De acordo com o campeão mundial de Fórmula E em 2015, a presença no Mundial de Endurance lhe trazia pouco aprendizado.

“Pois é. Deve ser uma surpresa para muita gente, mas para mim é uma oportunidade muito boa. Eu estava no Mundial de Endurance, que é uma categoria muito boa com nomes, fábricas realmente de ponta, mas senti que não estava aprendendo muito. E mesmo com 20 anos de carreira, eu quero continuar aprendendo. Sempre tem alguma coisa para aprender”, disse Piquet.

“Não foi uma decisão comercial, simplesmente. Foi uma situação certa em que eu acho que vou aprender muito, com engenheiros bons, companheiros bons. Eu tenho a chance de realmente evoluir, de continuar aprendendo, de estar em um nível muito bom”, seguiu o piloto, que revelou ainda negociar a chegada ao principal campeonato do automobilismo nacional há algum tempo.

“A gente se fala há anos para fazer esse projeto acontecer. E todo ano batia na trave por motivos aqui e ali, e nesse ano deu certo e vamos começar a trabalhar mesmo. Eu acho que sempre tive vontade de voltar ao Brasil. Venho de vários anos em que eu só consigo vir ao Brasil uma ou duas vezes durante o ano, por dez dias no máximo. O plano é de passar mais tempo no Brasil, conhecer a imprensa brasileira, os fãs que acompanham a Stock Car”, disse Piquet, que prioriza a Fórmula E caso haja choque de datas.

“A Stock Car está trabalhando para não bater nenhuma data com a Fórmula E, e acho que tem grandes chances de não bater. Caso bata, eu acho que como meu contrato foi assinado primeiro com a Fórmula E, farei as corridas lá. Mas espero que não bate nenhuma data e que eu possa correr o campeonato todo aqui”, explicou o novo piloto da Full Time.

“E se bater uma ou duas corridas, não é o fim do mundo. Esse primeiro ano eu vou demorar um pouco para aprender, os pilotos aqui tem um nível altíssimo, então não vou chegar a andar lá na frente. Vou ter corridas boas e ruins”, completou.

Foto: Leonardo Marson