*Com colaboração de Luiz Salomão
Chegar à Fórmula 1 é um sonho de praticamente todos os pilotos, e Gianluca Petecof não é exceção a esta regra. O paulista, porém, é um dos brasileiros de maior destaque no atual cenário do kartismo europeu. O piloto de 14 anos teve nesta temporada sua terceira participação no Campeonato Mundial de Kart, a primeira na classe OK, equivalente a Graduados no Brasil. E a estreia em uma classe aberta foi das melhores, terminando com o sexto lugar no Reino Unido.
Depois de ser o quinto melhor kartista do mundo em 2016 na categoria OKJ, equivalente a Júnior nos campeonatos brasileiros, o paulista, integrante da Academia de Pilotos Shell Racing desde a criação do projeto, teve uma adaptação rápida a nova classe. Os resultados logo apareceram: vitória em uma classificatória da etapa de Sarno, o sexto lugar na Espanha e a pole em Le Mans, provas válidas pelo Campeonato Europeu, e um top-5 na Winter Cup.
“A gente sempre trabalha para alcançar o melhor. Ano passado, depois de um ótimo resultado na categoria Júnior, que foi o quinto lugar no Mundial, a gente tinha a opção de ficar na Júnior. Mas a gente optou pelo aprendizado, por correr com os pilotos mais velhos, pegar o máximo de experiência para a carreira, e optamos por subir para a categoria”, disse Petecof, que atribui sua adaptação a forma de gestão da carreira.
“Eu acho que o maior bem que eu tive na minha carreira foi ser o mais novo sempre. Inclusive agora. Desde pequeno eu sempre subi muito cedo para as categorias. E esse foi um grande passo, pois antes as categorias tinham limite de idade, e agora não. Tinham pilotos de até 25 anos, então foi uma experiência nova para mim. Foi a primeira vez que corri contra adultos”, seguiu o piloto, que ressaltou as dificuldades enfrentadas no Mundial deste ano.
“Quando a gente chegou ao Mundial, a gente sabia que seria difícil, tanto pelos treinos, quando as coisas não funcionaram corretamente, mas, com todo o esforço e a preparação, consegui esse sexto lugar”, explicou o paulista, que negocia ao lado da Academia Shell a transição para as categorias de monopostos para o ano que vem.
“Ano que vem a gente está decidindo ainda. Tem uma grande possibilidade de eu fazer o pulo para os carros, provavelmente a Fórmula 4. Ainda não tem nada decidido, esse é nosso principal objetivo, e estamos em negociação com equipes para decidir para o ano que vem. Vamos analisar isso com a Academia Shell Racing qual a melhor opção, e até o final do ano a gente decide isso”, comentou Petecof, que ressaltou a importância da Shell em sua carreira.
“Esse apoio foi, realmente, um divisor de águas na minha carreira. A partir do começo de 2015, representando essa marca, eu pude ter experiências aqui na Fórmula 1, dentro do paddock e também com a Ferrari. Nesse ano, tive meu primeiro grande ano na Europa, com grandes resultados com a Tony Kart, que é a principal equipe do mundo. E isso me abriu as portas para uma parceria com a Academia de Pilotos da Ferrari. Agora em outubro, participei de um campus em Maranello”, completou.
Fotos: divulgação e Fórmula K
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