O automobilismo é um esporte fantástico, mas é difícil. Arrisco-me a dizer que é dos esportes mais difíceis do mundo. Eu explico. É um grid inteiro, buscando um resultado ‘individual’ dentro da pista. No caso da Euroformula Open, em Silverstone, tivemos 18 pilotos buscando o lugar mais alto do pódio, ou estar pelo menos entre os três, para “sair bem” na foto e seguir na briga pelo campeonato. Para que esse resultado ‘individual’ chegue, é preciso que muitas coisas aconteçam. Acerto do carro, estrutura da equipe e o trabalho de todos que estão envolvidos, “braço” e mente do piloto, clima, e etc, etc, etc…
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A primeira a gente nunca esquece!
Mas, às vezes, o destino nos prega peças. Por exemplo, eu comecei o fim de semana em Silverstone muito animado. Fui para o primeiro treino livre, na sexta-feira (1), e tive um começo muito bom. Com um set de pneu em bom estado, fiz o segundo melhor tempo da sessão. Fomos para o segundo treino, com pneus um pouco piores, e o carro não virava… mexe, remexe e vamos para o terceiro treino livre. Nada! Não é possível…
Tudo bem… Na classificação de sábado eu teria pneus novos e seria a hora da virada. Décimo quinto… mas o quê?! E a pior parte da história: a gente não conseguia achar o motivo para o carro não virar. É nessas horas que dá um orgulho de ser brasileiro, e não desistir nunca. Larguei, segurei o carro no braço e levei do jeito que pude até terminar a corrida, em décimo. Cinco posições ganhas, um ponto garantido para o campeonato de pilotos e torcer para um domingo melhor.
No domingo, acordei e fui para a pista confiante para conseguir um resultado melhor do que o do dia anterior. Sessão de treino classificatório, fomos virando voltas, virando voltas e terminamos com o sétimo melhor tempo do dia. Ufa! Largaria do pelotão intermediário, na quarta fila, mas ali é complicado. Tem que largar se preocupando em não se envolver em acidentes, já que todo mundo quer ganhar boas posições logo na saída. Larguei, me controlei para não me envolver em nada e consegui defender a minha posição.
Depois disso fui tentando investir, mas realmente não era o fim de semana para pensar em vitórias. Pensei no campeonato e em pontuar o quanto conseguisse. Consegui mais seis pontos na segunda corrida, somei sete pontos no final de semana e terminei a quinta etapa com 88 pontos e a quinta colocação no campeonato.
Nosso próximo desafio será em Monza, na Itália, no final do mês. Nesse período vou estar com a equipe na Espanha durante todo o tempo, fazendo de tudo para melhorar o carro para que tudo seja melhor na próxima etapa.
Vamos que vamos! Nem só de vitórias e dias bons vivem os pilotos!
Até lá!
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