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Fórmula E
Di Grassi vê Fórmula E como “futuro” do automobilismo

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  • Publicado: 16/08/2017
  • Atualizado: 16/08/2017 às 17:26
  • Por: Leonardo Marson
Di Grassi acredita que leis em países europeus farão com que a Fórmula E supere a Fórmula 1 no futuro.(Foto: Renato Stockler)

Lucas di Grassi acredita que, no futuro, a Fórmula E poderá se tornar a principal categoria do automobilismo mundial. O atual campeão da categoria dos carros elétricos deu entrevista na manhã desta terça-feira (16) em São Paulo (SP), e disse que o campeonato existirá ao lado da Fórmula 1 nos próximos anos, mas não sabe qual será o como a principal série do esporte a motor mundial se manterá a longo prazo por conta das leis que farão com que países como Alemanha, Inglaterra e França deixem de produzir carros com motor à combustão.

“A Fórmula 1 e Fórmula E devem coexistir no futuro, mas no longo prazo, até quando os países vão permitir corridas com carros à combustão? Essa é uma pergunta interessante. Inglaterra, França e Alemanha já definiram um deadline de venda de carros à combustão. Então, o futuro a muito longo prazo, é a Fórmula E. E eu ter sido o primeiro piloto a ter vencido uma prova elétrica da FIA e agora ter sido campeão, não me fará trocar isso pela Fórmula 1”, disse Di Grassi, que pretende se aposentar no campeonato de carros elétricos.

Fórmula E tem atraído diversas montadoras para o campeonato dos carros elétricos. (Foto: FIA Fórmula E)

Questionado sobre o prosseguimento de outros campeonatos, como o da categoria LMP1 do Mundial de Endurance (FIA WEC), o piloto da Audi disse que a tendência é de que ela acabe como nós o conhecemos. O torneio de corridas de longa duração viu a marca das quatro argolas deixar o campeonato ao final de 2016, e sabe que não contará com a Porsche na temporada de 2018, ambas migrando para a Fórmula E. O brasileiro também colocou em dúvida a sequência do DTM, o Campeonato Alemão de Turismo, sem a presença da Mercedes.

“Eu acho que vai acabar (a LMP1 no WEC). O LMP1 é um carro incrível, com uma tecnologia incrível, mas o custo é muito alto para uma categoria na qual a tecnologia desenvolvida na parte elétrica é muito parecida com a Fórmula E. E eu acho que é por isso que as montadoras, vendo que o futuro é elétrico, vendo que eles precisam promover menos emissão de poluentes, com corridas que acontecem nas cidades do mundo inteiro, com corridas mais curtas, com apelo para uma geração mais nova, que não é fã de automobilismo, resolveram mudar”, disse o piloto.

“A Mercedes também anunciou que vai sair do DTM. E o DTM é outro ponto de interrogação sobre o quanto vai durar, se a Audi e a BMW seguirão no campeonato após 2018, o que vai acontecer com o Campeonato Alemão. O WEC vai continuar, mas vão precisar rever como desenvolver a LMP1”, explicou o atual campeão da Fórmula E, que ainda deseja ver um campeonato com provas do WEC e do IMSA, embora acredite que isso seja, hoje, impossível.

“Eu adoraria ver uma junção do WEC com a IMSA e fazer um Mundial de Endurance com provas como Daytona, Sebring, Spa. Seria para todos que gostam de Endurance um sonho, mas a chance de isso acontecer é muito baixa, mais por motivos comerciais e políticos. A tendência é essa: carros mais simples, mas visando tecnologias de outras formas, como biocombustíveis ou outros tipos de tecnologias que podem ser relevantes também. Campeonatos de Endurance serão os últimos a serem elétricos, e eles serão os últimos a serem elétricos”, completou.

Foto: Renato Stocker

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