<p><img alt="Fraga celebra título da temporada 2016 de Stock, no pódio de Interlagos" src="/wp-content/uploads/uploads/felipe_fraga_620x467.jpg" style="margin: 0px auto; display: block; width: 620px; height: 467px;" /></p>
<p>O paraense Felipe Castro Fraga cravou seu nome na história do esporte a motor brasileiro ao faturar o título da 38ª temporada de Stock Car. Aos 21 anos, Fraga tornou-se o mais jovem campeão do certame e, de quebra, o primeiro piloto da Região Norte a obter tal feito. Conquista que evidencia que é possível construir e se dedicar a uma carreira rumo ao título da tradicional categoria brasileira.</p>
<p>“Foi bom, muito especial esse caminho que escolhi”, define o piloto. “Acho que foi a melhor escolha da minha vida”.</p>
<p>Obviamente, a Stock nem sempre foi a meta de Felipe. Como a imensa maioria de garotos saídos do kart, seu sonho era emplacar no automobilismo internacional – se possível, na Fórmula 1. Não à toa, após cinco títulos brasileiros de kart, partiu para a Europa em 2012, mais precisamente à disputa da Fórmula Renault Alps 2.0. Terminou a temporada em nono lugar, com dois pódios em 14 etapas. Logo, contudo, se viu em uma situação delicada: para seguir no Velho Continente, precisaria de orçamentos cada vez maiores em seus novos passos.</p>
<p><img alt="Fraga na F-Renault: falta de capital impediu novos passos na Europa" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/fraga3_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>“Para o ano seguinte, eu precisava de muito mais patrocínio para correr por lá e então tive a chance de vir para cá fazer o Brasileiro de Turismo, que é a categoria de acesso à Stock, principal categoria do Brasil e eu pensei melhor nisso”, relembra Fraga. “Sempre quis trabalhar com automobilismo, não era um hobby e eu não tinha condições financeiras para seguir na Europa. Tinha como fazer um trabalho diferente aqui no Brasil e eu apostei nisso”.</p>
<p>Em 2013, Fraga, então aos 17 anos, retornou ao país para correr no recém-criado Brasileiro de Turismo. A bordo de um carro da W2 Racing, venceu quatro das seis primeiras provas do ano, com direito a pole position em todas. Sagrou-se campeão, com 160 pontos, um à frente de Marco Cozzi. </p>
<p><img alt="No retorno ao Brasil, Fraga foi campeão do Brasileiro de Turismo" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/fraga2_620x467.jpg" style="opacity: 0.9; margin: 0px auto; display: block;" width="620" /></p>
<p>Porém engana-se quem pensa que ele não enfrentou dificuldades. “No começo é um pouco difícil, pois a pilotagem é muito diferente”, relembra. “Em um Fórmula, você tem uma guiada muito mais agressiva. Já em um carro de Turismo, menos é mais. Quanto mais tranquilo você vai, mais o tempo aparece”.</p>
<p>Para Fraga, ir bem no Brasileiro de Turismo é um elemento chave para quem almeja a Stock. “Você tem que fazer um ano bom”, define. “O cara que vai bem sempre é cotado pelas equipes da Stock e às vezes aparece algum patrocínio”.</p>
<p><strong>Sucesso na Stock, dica e influência</strong></p>
<p>Com 59 provas de Stock no currículo, Felipe Fraga é dono de uma progressão assombrosa na categoria. Em 2014, obteve duas vitórias, inclusive logo na estreia, algo que conferiu-lhe o posto de mais jovem vencedor do campeonato, com 18 anos. Terminou em 15º na classificação. No ano seguinte, mesmo com uma vitória a menos, foi o nono. Em 2016, o grande salto: campeão, com cinco primeiros lugares.</p>
<p><img alt="Em sua terceira temporada na Stock, Fraga já alcançou o título" height="467" src="/wp-content/uploads/uploads/fraga_2016_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Pode parecer fácil? Sim. Mas não é. O paraense alega que os resultados não foram obtidos com facilidade. Além do fato de ter sempre pilotado para equipes competitivas, Fraga conta que superou as dificuldades iniciais com um auxílio campeão. “O Cacá (Bueno) sempre me ajudou muito a como virar rápido na Stock”, afirma. “Isso, para mim, foi essencial”.</p>
<p>Aos 21 anos, Fraga não descarta um retorno a Europa, mas em certames de turismo. Valorizado pelo rendimento nas pistas brasileiras, sobretudo nos últimos três anos, dificilmente não surgirão propostas nesse sentido.</p>
<p>Apesar de classificar a Stock Car como um excelente caminho para quem não possui condições de desenvolver uma carreira internacional rumo à F1, o campeão deixa claro que não deseja ver a principal categoria do esporte a motor mundial repleta de representantes do país. “Também não quero todo mundo venha para a Stock”, sentencia. “Espero que melhore o apoio ao nosso automobilismo porque a gente precisa de piloto na Fórmula 1”.</p>
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