
A Goodyear apresentou em Interlagos , durante a Rolex 6 Horas de São Paulo 2025, o seu novo pneu Eagle Hard LMGT3, que será usado por todas as equipes da LMGT3 na corrida.

O novo pneu se baseia no sucesso do pneu Eagle Medium LMGT3 da Goodyear, usado em todas as corridas desde o lançamento da categoria há 18 meses. A durabilidade e a longevidade deste pneu foram mostradas nas 24 Horas de Le Mans, no mês passado, onde as equipes completaram até quatro períodos (equivalentes a 40 voltas, ou quase 550 km) com um único conjunto de pneus.

Embora seu nome indique um composto mais duro do que o Eagle Medium, o desenvolvimento para o aprimoramento do Eagle Hard não foi projetado pensando só em maior longevidade, mas sim em aprimorar o ritmo consistente que o Eagle Medium já tem ao longo de vários períodos, ou stints. Os pilotos deverão estabelecer tempos de volta mais rápidos já no segundo período, pois este pneu mantém seu desempenho em um nível mais consistente ao longo de sua vida útil.
Depois de São Paulo, a Goodyear planeja levar o pneu Eagle Hard para as etapas do WEC no Circuito das Américas (7 de setembro) e no Bahrein (8 de novembro), retornando ao Eagle Medium em Fuji (28 de setembro). As equipes da LMGT3 na European Le Mans Series continuarão correndo com o Eagle Medium pelo resto da temporada.
Este ano, a Goodyear comemora o 45º aniversário de sua icônica linha de pneus Eagle, que conecta a herança automobilística da marca com seus pneus de alto desempenho para carros de passeio.
Recentemente a marca fez a introdução do Goodyear Eagle F1 Asymmetric 6 nos mercados latino-americanos, que agora podem ser usados pelos consumidores com o mesmo DNA Eagle em seus próprios carros de rua.
Entrevista com Mike McGregor, Diretor de Corridas de Endurance da Goodyear

RACING: Mike, quão importante é para a Goodyear participar de uma competição como a WEC, pensando em transferir a tecnologia das pistas para as ruas?
McGregor: Eu acho que este é o principal motivo pela qual estamos na WEC. Quando a Goodyear entrou no Mundial de Endurance, o objetivo foi desenvolver tecnologias adequadas que depois pudessem ir para o consumidor final. Nas provas de endurance trabalhamos performance e durabilidade. E quando você compra um carro de rua, você não quer um pneu que funcione muito bem por 5.000 km e, de repente, a performance caia. Você quer uma performance consistente para toda a vida do produto. Realmente, a tecnologia está no centro do que nós fazemos aqui.
RACING: Em uma corrida de longa duração, qual a importância das estratégias de parada de box e trocas de pneus para o resultado final da corrida?
McGregor: Isso é importante e decisivo. No ano passado, usamos compostos médios para todas as corridas para ter uma verdadeira compreensão de como as diferentes corridas funcionariam. Com este novo tipo de pneu este ano, conseguiremos ter equipes tentando novas estratégias usando os pit stops para ter bons resultados. Alguns times podem até tentar triplicar o stint (a janela de uso) com os mesmos pneus.
RACING: Sabemos que cada pneu tem uma diferença mínima entre eles por causa das composições naturais de construção de cada unidade. Sabendo isso, qual a importância do controle de qualidade na fabricação e como os pneus Goodyear fazem este processo?
McGregor: É muito sutil, e você tem que pensar em máxima qualidade para o nível que estamos competindo agora, com estes tipos de equipes que tem suporte de montadoras importantes. A performance e variabilidade dos pneus não pode apresentar diferenças, todas estas equipes estão olhando para os milésimos de segundo. Assim, precisamos de um pneu que, seja ele colocado no carro A, carro B ou carro C, entregue a mesma performance. Então, todos os materiais do pneu são testados até o limite absoluto, para entendermos que não teremos variação de carro para carro e a qualidade do produto seja a maior importância na produção.
RACING: E qual é o principal desafio que o Interlagos enfrentou com seus tiros? É um circuito realmente exigente?
McGregor: Se você olhar a energia de esforço nos pneus deste circuito, é um dos maiores extremos. Os pneus da direita são usados no limite. Se você olhar a natureza do layout do circuito, há duas retas onde eles conseguem “relaxar” um pouco, mas depois a pressão volta novamente. Então, é um circuito realmente especial, e desenvolver um pneu que funcione muito bem aqui é um grande desafio.
Texto base original: Goodyear / divulgação
Entrevista: Venício Zambeli / RACING
Fotos: Goodyear / DPPI / divulgação
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