Felipe Drugovich se tornou neste sábado (10) o primeiro brasileiro campeão da Fórmula 2, após não completar a primeira corrida da penúltima etapa da temporada 2022, disputada em Monza, na Itália, mas ver Théo Pourchaire ficar somente com a 17ª posição. O piloto da MP Motorsport garantiu a taça com três corridas de antecipação, já que haverá mais uma prova neste domingo, e a etapa de Abu Dhabi.

O feito de Drugovich é sem precedentes para brasileiros na “era GP2/Fórmula 2”. Anteriormente, diversos pilotos do País bateram na trave do título: Nelsinho Piquet, em 2006, Lucas Di Grassi, em 2007, Bruno Senna, em 2008 e Luiz Razia, em 2012, foram vice-campeões. Di Grassi ainda foi terceiro colocado em 2008 e 2009, mesma posição de Felipe Nasr em 2014.

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Quando voltamos ainda mais no tempo, lembrando da antiga Fórmula 3000 Internacional, o paranaense de Maringá se junta a um seleto grupo de mais quatro pilotos brasileiros campeões: Roberto Moreno, em 1988, Christian Fittipaldi, em 1991, Ricardo Zonta, em 1997, e Bruno Junqueira, em 2000. Ricardo Sperafico, em 2003, ainda foi vice-campeão.

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RACING relembra os títulos dos quatro brasileiros que foram campeões da antiga Fórmula 3000 Internacional, a quem Drugovich, 20 anos depois, igualou com a conquista da Fórmula 2:

1988 – Roberto Moreno
O piloto da equipe Bromley, que ficou conhecido como “Super Sub” nos tempos de Estados Unidos, honrou o termo “win or wall”, tão conhecido naquele país, em sua campanha do título da F-3000. Em 11 etapas, Moreno venceu quatro vezes (Paul Ricard, Silverstone, Monza e Birmingjham) e abandonou outras quatro provas. Assim, o brasileiro foi campeão ainda em Birmingham, na oitava etapa.

1991 – Christian Fittipaldi
Defendendo a Pacific, Christian Fittipaldi abusou da regularidade para conquistar o título da F-3000. Foram apenas duas vitórias, em Jerez e em Nogaro, mas o brasileiro conquistou sete pódios em dez corridas, desempenho que o ajudou a superar Alessandro Zanardi para conquistar o título. Anos mais tarde, os dois se enfrentariam também na Fórmula 1 e na Indy.

1997 – Ricardo Zonta
Em uma das temporadas mais equilibradas da história da F-3000, o paranaense, hoje na Stock Car, largou mal na temporada, sendo desclassificado em Silverstone e abandonando em Paul Ricard e Helsinke. A partir daí, o piloto da Super Nova arrancou vitórias em Nürburgring, Hockenheim e Mugello, obteve outros dois segundos lugares e superou Juan Pablo Montoya para ser campeão.

2000 – Bruno Junqueira
Correndo pela Petrobras Junior Team, o mineiro teve um início de campeonato arrasador, vencendo em Barcelona, Nürburgring e Mônaco. Depois, mesmo com uma segunda metade de campeonato claudicante, o piloto venceu em Hungaroring e sagrou-se campeão batendo Nicolas Minassian, em um grid que contava com Fernando Alonso e Mark Webber. Junqueira ainda correria na Indy e na Stock Car.