Atletas terem carros de luxo, ou, como chamamos aqui em RACING, supercarros, é algo que está longe de ser uma novidade. Mas isso não era tão comum décadas atrás. E Pelé, que morreu nessa quinta-feira (29) aos 82 anos, talvez tenha sido uma das primeiras personalidades brasileiras a ter um veículo dos sonhos na garagem. Um deles foi o Mercedes-Benz 250 W114, que o Rei do Futebol ganhou após marcar o milésimo gol da carreira.
A história é das mais interessantes em muitos aspectos. O gol mil de Pelé foi o segundo na vitória do Santos sobre o Vasco por 2 a 1 no Maracanã, no dia 19 de novembro de 1969, em jogo válido pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa, precursor do Campeonato Brasileiro. Pouco depois, Roland Endler, empresário alemão que presidiu o Bayern de Munique, clube que Pelé enfrentou com o Peixe em 1961, resolveu dar ao Atleta do Século este carro.
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Cinco anos depois, em 1974, meses antes da Copa do Mundo da Alemanha, a montadora da estrela de três pontas trocou o 250 W114 por outro modelo, o 280-S novo. Pelé, porém, vendeu o carro pouco tempo depois. Muito tempo depois, em 2004, 35 anos após o jogador receber o primeiro modelo e 30 anos depois da troca, a Mercedes devolveu o 280-S original ao Atleta do Século. Não sem antes buscar muito o veículo.
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O Mercedes que foi do ex-jogador passou pela mão de nada menos que 18 donos diferentes em 30 anos. De alguma forma, a montadora alemã encontrou o veículo com seu último dono e recuperou o modelo. Então, foi feita a restauração do carro, que recebeu peças novas em substituição àquelas que estavam desgastadas pelo tempo. Após blindar o carro, a fabricante o devolveu para Pelé, então com 64 anos.
O tricampeão mundial ganhou outros carros durante a vida, incluindo uma Romi-Isetta, recebida em Bauru (SP) pouco após a conquista da Copa do Mundo de 1958, e um Aero Willys 2.600. recebido na mesma situação quatro anos depois, depois do Mundial do Chile. Ainda houve o Fusca recebido em 1970, dado por Paulo Maluf, então prefeito de São Paulo (SP), que deu um carro destes de presente para cada atleta. O problema é que o político usou verba pública para isso sem os atletas saberem.
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