A Stock Car terá, neste final de semana, a sua segunda etapa da temporada 2022, no anel externo do Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia (GO). Por ser disputada em um circuito que conta com características de um oval, os freios serão muito exigidos, principalmente nas aproximações de duas das três curvas do traçado.

A prova no anel externo do circuito goiano é o que gera corridas com maiores velocidades na temporada, com os carros alcançando, por volta, médias de 180 km/h. Os carros chegam a alcançar os 265 km/h, e os pilotos precisam trabalhar muito com os freios para terem bons resultados, principalmente nas curvas 0 e 1 do circuito. Os discos de freios da Fremax, que equipam os carros, alcançam 720°C.

Em 2021, quando o traçado de 2.695 metros voltou a receber provas da mais importante categoria do automobilismo brasileiro, as vitórias ficaram com Ricardo Maurício, primeiro a triunfar nas duas provas na mesma etapa no atual formato. O piloto da Eurofarma RC ressalta que o acerto do carro prioriza as retas, o que força os freios ao limite.

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“Por se tratar de um traçado externo, é uma pista onde a gente tenta maximizar a velocidade de reta, buscando um acerto para que o carro evolua bastante nas retas, mas que também aproxime muito bem. Tendo uma carga de aerodinâmica menor a gente exige muito mais dos freios, ainda mais em Goiânia que é uma pista quente, que não refrigera tanto os freios e que a gente anda muito no vácuo de outros pilotos”, explicou Maurício.

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“A reta oposta é a maior reta do autódromo onde a gente chega ao final dela em sexta marcha a 265km/h e faz uma freada muito brusca, aproveitando ao máximo do freio e do freio motor para ajudar a parar o carro”, completou o piloto, dono de três títulos na categoria nacional, e que segue no time de Rosinei Campos neste ano.

André Berzolin, engenheiro da Fras-Le e da Fremax, também comentou sobre o trabalho dos freios dos carros da Stock Car na capital goiana. “Goiânia é um dos melhores circuitos do Brasil, o que torna a prova sempre muito competitiva. O clima da cidade não costuma ser muito favorável para o resfriamento do carro como um todo, principalmente para os freios”, disse.

“Umidade do ar baixa, temperatura ambiente e do asfalto elevadas… tudo isso colabora para ser um dos circuitos mais difíceis para aplicação de freio. Isso sem contar que as velocidades de reta que são altas e isso exige muito mais dos freios”, completou Berzolin.

A segunda etapa da Stock Car tem largada marcada para 15h10, e terá transmissão da Band, do Sportv e do canal da categoria no YouTube.