A MotoGP coroou um novo campeão naquela que foi sua temporada mais diferente da história. Joan Mir não era favorito ao título em um 2020 que, como em todas as categorias, teve repetições de circuitos e calendário condensado em poucos meses por conta da pandemia de Covid-19. O piloto da Suzuki mostrou uma regularidade acima da média para faturar o título da categoria rainha do motociclismo mundial.

O campeonato contou com números impressionantes: nove pilotos venceram nas 14 corridas da temporada. Brad Binder conquistou a primeira vitória da KTM na MotoGP, além de se tornar o primeiro sul-africano a triunfar na classe principal. As equipes satélites venceram oito provas, contra apenas seis dos chamados times oficiais.

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O Mundial de Motovelocidade chegou a começar a temporada no Catar, apenas com Moto2 e Moto3, que já estavam em Losail para testes quando o mundo foi acometido pela pandemia. A MotoGP só começou mesmo em julho, no circuito espanhol de Jerez, onde a temporada mudaria de cara. A prova, vencida por Fabio Quartararo, foi marcada por um acidente que lesionou Marc Márquez.

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O piloto da Honda passou por cirurgia no braço e tentou retornar às pistas. Porém, a lesão se agravou, e a estrela maior da MotoGP ficou de fora da temporada. Sem Márquez, o campeonato se abriu. Quartararo venceu novamente em Jerez na semana seguinte, mas viu Brad Binder vencer com a KTM na etapa seguinte, em Brno.

A etapa da Áustria teve vitória de Andrea Dovizioso, que anunciaria a saída da Ducati – e da MotoGP – semanas depois. A corrida no Red Bull Ring, porém, foi marcada por um acidente que poderia ter proporções graves. As motos de Johann Zarco e Franco Morbidelli voaram em direção a Valentino Rossi após toque do francês. O veterano, sabe-se lá como, escapou, em uma imagem aterrorizante.

A Áustria, agora no GP da Estíria, ainda reservou a primeira vitória de Miguel Oliveira na categoria, em uma chegada das mais emocionantes. A esta altura, Mir começava a se mostrar regular, chegando entre os cinco primeiros com constância, ainda que sem conquistar vitórias. Morbidelli venceu em Misano, enquanto Maverick Viñales, na mesma pista, ganhou o GP da Emilia Romagna.

Quartararo, ainda na briga pelo título, venceu pela terceira vez no ano em Barcelona, no GP da Catalunha. Mir, por sua vez, seguia forte, mantendo as chegadas entre os três primeiros. Na França, em Le Mans, Danilo Petrucci venceu em corrida em que os pilotos da SRT e da Suzuki foram mal. Em Aragón, foi a vez de Álex Rins vencer, com Mir em terceiro e Quartararo fora dos pontos.

Morbidelli venceu o GP de Teruel, derrotando Rins e Mir. O dono da moto 36 vinha com bons resultados, mas não havia capitalizado uma vitória. O jejum acabou em Valência, no GP da Europa, quando venceu pela primeira vez na MotoGP e encaminhou o título, que veio na semana seguinte, novamente em Valência, terminando em sétimo a prova vencida por Morbidelli.

Oliveira ainda venceria a última corrida da temporada, em Portugal. Morbidelli acabou com o vice-campeonato, sendo seguido por Álex Rins. Dovizioso deixou a MotoGP terminando o mundial de 2020 em quarto, seguido por Pol Espargaró. Quartararo, que começou o ano se colocando como favorito, foi apenas o oitavo. Já Valentino Rossi amargou uma 15ª posição no campeonato.