Scott Dixon aprovou o windscreen, protetor de cockpit que a IndyCar visa implantar nos carros da categoria, após o primeiro teste com o dispositivo, realizado na madrugada desta sexta-feira (9) em Phoenix. O piloto da Chip Ganassi, porém, disse ser necessário trabalhar mais para que a peça possa ser utilizada em todos os circuitos.

A peça, uma espécie de parabrisa que fica à frente do piloto, foi desenvolvida pela PPG, e utiliza material transparente semelhante ao usado na construção de cobertura para aviões de caça. Um dos temores é que, por ser curvado, o windscreen prejudicasse a visão do piloto, algo que não foi percebido por Dixon.

“É um pouco diferente quando você olha para algo tão espesso, mas eu achei que a distorção seria maior e não foi nada disso. Vamos andar com ele depois ao por do sol e à noite”, disse Dixon, que destacou pontos positivos e negativos da peça após seu primeiro teste.

“Você não sente trancos, o carro se comporta de maneira suave. Parece que você está em um carro de luxo. Mas precisamos resfriá-lo, pois não há fluxo de ar no carro. Parabéns, mas há coisas para melhorar, definitivamente”, seguiu o neozelandês, que sugere ainda testes em circuitos mistos e que todos os pilotos experimentem o windscreen antes de a Indy implantá-lo.

“Será interessante em circuitos mistos para ter a percepção da curva e como você deve tomá-la. Tentamos ver se há um problema quanto a isso, mas, por enquanto, nada. Quero ver se nos podemos nos acostumar a isso visualmente, pois não parece diferente. Você olha para uma quantidade grande de material e seus olhos precisam se acostumar com isso. Quanto mais andei, mais me acostumei”, disse Dixon.

“O windscreen pode afetar pilotos diferentes de formas diferentes. É algo que todos deveriam experimentar antes de a Indu implementá-lo”, completou.

Foto: IndyCar